Texto por Núcleo de Comunicação
Para conceber fisicamente a “Nova Escola Turmalina” é salutar que se estabeleça uma dinâmica entre a comunidade escolar e os profissionais envolvidos na elaboração do projeto. O objetivo é simples: esclarecer para todos os envolvidos onde estamos hoje (Escola Atual) e onde queremos chegar (Nova Escola). Traçado isto, será claro quais os passos a serem dados para que este projeto se concretize.
O arquiteto responsável pelo projeto
Nossa escola recebeu dias nos 23, 24 e 25 de outubro, o arquiteto Michael Emil Mösch, do escritório MEM arquitetura, de Botucatu-SP. O profissional é o responsável pelo processo de elaboração do projeto para a construção da tão esperada sede própria da Turmalina. Michael foi aluno Waldorf. Estudou arquitetura na Holanda e tem amplo currículo no desenvolvimento de projetos para escolas naquele país. No Brasil, é de sua autoria a escola Waldorf Guimarães Rosa de Ribeirão Preto, parte da escola Aitiara, de Botucatu, parte da escola Rudolf Steiner, de São Paulo, dentre outras. Além de inúmeros projetos residenciais e para iniciativas antroposóficas. De 2009 a 2015 também foi Secretário Geral da Sociedade Antroposófica.
Conhecendo a Escola atual
Na sexta-feira, dia 23, à tarde aconteceu um primeiro encontro entre o arquiteto e o colegiado de professores. Foram tratadas, neste momento, questões de âmbito pedagógico. A reflexão girou em torno de como a arquitetura poderia abarcar e servir de suporte para a atuação dos professores. Ainda na sexta feira, às 19h30, o arquiteto proferiu uma palestra onde foram apresentados e discutidos princípios da arquitetura Antroposófica. A partir daí o processo todo foi aberto para participação da comunidade escolar. Apesar do número reduzido de presentes, as atividades ocorreram normalmente e os presentes puderam ter, ao final do processo, uma visão mais ampla das necessidades da futura escola.
Desenhando o futuro
No sábado pela manhã, por meio de atividades de desenho e troca de ideias dos participantes, foi o momento de expressar os sonhos em relação a essa nova escola. Os presentes puderam expor sobre o significado da escola para cada um e qual seria o foco de atuação dessa escola. As questões que permearam o diálogo foram:
- A quê e a quem se destina?
- Quais atividades podem acontecer nesse local?
Alguns tópicos importantes para a antroposofia como as fases de desenvolvimento do ser humano e as necessidades de um colegiado de professores também surgiram para alimentar o debate.
No sábado à tarde, às 14h, foi o momento de visitar o terreno que abrigará a futura escola e observar o local de diversos pontos de vista e situações diferentes. As questões foram:
- Quais sentimentos temos ao nos aproximarmos daquele lugar?
- Como é o entorno?
- Onde temos a qualidade da abertura ou do acolhimento no espaço?
Esta atividade foi até às 15h30. No retorno à Turmalina, os participantes puderam colocar no papel em forma de desenho o que visualizavam como qualidades e necessidades do espaço. Seguiu-se um debate sobre os possíveis usos do local e as relações da escola com o entorno.
No domingo pela manhã aconteceu a revisão do que havia sido trabalhado no dia anterior. Neste momento os presentes puderam olhar de um ponto de vista mais prático para necessidades físicas de espaço, desde o maternal até o ensino médio, passando pelas diversas instalações necessárias para o funcionamento de uma escola que possa atender um número maior de crianças. Foi um dia em que os participantes puderam efetivamente esboçar o que será a nova escola, sempre com a mediação por parte do arquiteto.
O processo continua, participem!
Nos próximos dias 27 e 28 de novembro, Michael voltará a Curitiba para apresentar uma proposta preliminar de ocupação do espaço, onde toda a comunidade escolar terá, mais uma vez, a oportunidade de comparecer para contribuir com o processo de construção de uma escola Waldorf. O caminho inicia aqui e as possibilidades de crescimento da Turmalina, da Pedagogia Waldorf e da Antroposofia dependem do comprometimento e responsabilidade de cada um de nós.