Época da Menina da Lanterna

Texto por Monica Lopes Stange

A Festa da Lanterna da Turmalina aconteceu no dia 11 de junho e reuniu crianças, pais e professores para vivenciarem juntos esta época tão importante na Educação Infantil. No final do outono, quando as noites vão ficando mais longas e tanto a natureza quanto o próprio homem iniciam um impulso de interiorização, as crianças do Jardim e do Maternal começam a preparar-se para esta festa, cujo sentido está na imagem da busca da luz interior. É tempo de fazermos nosso próprio sol, o sol interior.

Durante várias semanas, todo um clima propício é cuidadosamente conduzido nas classes, enquanto crianças e professoras dedicam-se ao trabalho de montar suas lanternas. Neste processo, cantam-se canções que falam do brilho da lanterna e de como ela ilumina o coração dos homens e afasta a escuridão. A luz da lanterna como símbolo da luz interior, é apresentada de uma forma sensível, buscando despertar na criança a vivência da sabedoria genuína, que vem através dos caminhos do coração.

No dia da festa, a história da “Menina da Lanterna”, que foi contada às crianças nas rodas rítmicas da época, tem seu auge quando encenada pelos pais dos alunos dos Jardins. Esta é mais uma vivência importante na preparação da trajetória de formação do futuro adulto, que vê vários elementos de significado espiritual através dos personagens da peça. O conto mostra o caminho da alma humana em busca da consciência de si mesma, em busca da luz do Sol (Luz Crística), que vai trazer as forças da transformação interior.

Menina da Lanterna TurmalinaApós o teatro, as crianças dirigiram-se às classes com suas professoras e pais onde, em veneração, acenderam as lanternas, uma a uma, e deu-se início ao passeio pela escola. Na penumbra do anoitecer, vê-se o escuro iluminado por suaves cordões de luz que passeiam pela escola, cantando belas canções e levando a luz por onde passam. É um momento de emocionante sensibilidade para todos ao verem os pequeninos carregando suas lanternas, de forma tão cuidadosa e atenta.

O ideal é que esta atmosfera especial possa ter continuidade em casa! Que as lanternas possam iluminar as últimas refeições do dia, sem que as lâmpadas precisem ser acesas, proporcionando um clima de união e harmonia familiar e lembrando a todos de sua própria chama interior, para que seja alimentada ao longo de todo o inverno.

“Lanterna, lanterna, sol, lua, estrelinha
Um ventinho vai, um ventinho vem
Mas não apaga a lanterna de ninguém!”

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