Advento: nestes tempos de agora

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Texto por Angelo Comassetto

Com o advento Natalino ganhamos a oportunidade de refletirmos sobre o verdadeiro sentido das Festas. O entusiasmo e a coerência reflete nas crianças o gesto com o qual nos preparamos, por isso a simplicidade na forma e  apresentação desta.

Hoje há várias formas de festejar o Natal, uma delas é o resgate dos valores espirituais. Para não simplesmente transpor a tradição ao nosso país, temos de nos voltar às origens do sentido mais profundo do Natal.

Um renascimento da força rejuvenescedora do  Cristo, que ocorre a cada ano, é a festa do menino Jesus.  E, na verdade, é por isso que esta festa simboliza o amor ao próximo, o nascimento do Cristo em nós. É esse renascimento constante da força Crística em nós que festejamos no Natal.

A história do nascimento de Jesus e a adoração dos pastores, como nos é contado no Evangelho de Lucas, ou a do nascimento de Jesus e a adoração pelos  reis magos, como nos é contado no Evangelho de Mateus, representam  duas correntes da humanidade: a do coração e a da sabedoria, respectivamente.

No Natal podemos festejar a singeleza do acontecimento do nascimento com os pastores e também a visita dos reis magos. O presépio, que é preparado desde o Advento, atinge seu auge com a vinda do menino Jesus.

Advento: O tempo de preparação

O prefixo “ad” significa movimento para aproximação, adicionamento: adicionar, admirar. Então, no Advento – adição de eventos, os dias são especiais e em cada um deles contempla-se um novo evento, até atingirmos o clímax, o Natal.

Assim, convencionou-se que os quatro domingos que antecedem o Natal são os quatro domingos do Advento, que são marcados pela cerimônia da Coroa.

Nesta época, no hemisfério Norte, há o tempo frio do Inverno, busca-se a luz interna. É tempo de introspecção, de recolhimento, de quietude. Aqui, no hemisfério Sul, a luz do sol está em toda parte. E dentro de nós? Como fazer desse período algo vivo e profundo, neste clima que nos chama para fora, para as férias? Como fazer para vivenciar este recolhimento, esta quietude?

Quem sabe, preparar o espaço físico começa o aquecer da vida anímica. Arrumar a casa, a limpeza, as mudanças, o quarto das crianças, desfazendo-se dos brinquedos com os quais já não se brinca tanto, ou das roupas que estão pequenas. A família poderia aproveitar para doá-las.

Poderíamos escolher um cantinho em que ficará a mesa da época, a árvore, se for o caso, o presépio que vai sendo ampliado aos poucos com o espaço, os minerais, depois os vegetais, os animais e, finalmente, os elementos humanos.

Todos podem participar na confecção dos enfeites, preparar os caminhos com pedrinhas, galhos, folhas, confeccionar estrelinhas para o presépio, para as portas dos quartos, da sala.

A coroa de Advento é confeccionada com galhos de cipreste, árvores que não expõem flores, mas transformam sua força no perfume da resina que exalam quando cortadas. A essa “coroa” juntam-se quatro  velas e a fita vermelha. A vela é uma imagem que fala por si:  doa-se a si mesma para espargir a luz.

Em cada um dos quatro domingos que antecedem o Natal, uma das velas é acesa. Reunidos num momento bem especial,  pode-se contar uma história,  cantar uma  canção, rezar uma  oração ou  ler um  trecho do Evangelho, que cada vez mais nos aproxima do momento do nascimento do menino Jesus. 

As lembranças das imagens desta época se tornam  recordações agradáveis  na vida humana, quando  a alegria  e o clima anímico reportam ao verdadeiro  sentido das celebrações vividas na infância.

Feliz Natal
Do Grupo de Estudo do Ensino Religioso.

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